terça-feira, 11 de setembro de 2012

Loucas de Amor - mulheres que amam seriais killers e criminosos sexuais (livros)

 O escritor Gilmar Rodrigues, pesquisou durante 4 meses a mente das mulheres que são loucamente apaixonadas por criminosos. Como O Maníaco do Parque recebe tantas cartas depois de ter feito tudo que fez? Como criminosos sexuais recebem tantas visitas de namoradas, esposas e amantes?  Indo a fundo entre penitenciarias, entrevistando detentos, mulheres, advogados, juizes, delegados entre outros, Gilmar nos mostra a realidade.


Quando foi preso em 1998, Francisco de Assis Pereira, O maníaco do parque, recebeu inúmeras cartas de amor. Muitas mulheres queriam conhecê-lo, outras queriam namorá-lo ou mesmo casar com ele. A maioria não o conhecia pessoalmente.
No breve período em que esteve solto e morando no interior de Santa Catarina, o bandido da Luz Vermelha ainda atraía a atenção feminina, mesmo depois de velho e corroído física e mentalmente.
Em São Paulo, os presos de duas delegacias onde ficam recolhidos mais de 100 acusados de crime sexuais, a maioria por estupro ou atentado violento ao pudor, recebem regularmente visitas de namoradas e esposas.
Então, estupradores e assassinos em série, aqueles que deveriam horrorizar as mulheres, merecer seu ódio, são objetos de desejo?! Em que subterrâneo da alma humana se esconde desejos dessa natureza? Que explicação isso teria? Que mulheres seriam essas? Fariam isso por crença ingênua da redenção de um criminoso doentio? Ou por morbidez? Seria uma fantasia sexual perversa? Quem sabe uma busca inconsciente da morte? Teremos o desconhecido, queremos afastá-lo de nós sentimos seguros de que o mal não nos atingirá. No conforto das nossas poltronas esperamos que alguém nos diga:isto está longe de você! Mas não está! É o que você vai ler nesse livro.

Na maioria da vezes, são mulheres que nunca tiveram bons relacionamentos afetivos, sofreram abandono na infância ou abuso sexual, nem sempre foram tratadas com amor e carinho pelos pais. Elas têm baixa auto estima, algumas com visão romântica e infantilizada do amor. Outras vêem isso como desafio à sociedade ou, como nunca tiveram atenção, ligam-se com homens que também não tiveram. "É uma simbiose de marginalizados. Ela vê o criminoso sexual como um igual", afirma o escritor.          (Revista Época)
 

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